Escrito por F. Boehl e Phelipe Cruz Teste ::Que personagem do inter:urbanos você é? Os 7 pecados inter:urbanos ::Ira ::Orgulho ::Inveja ::Avareza ::Luxúria ::Preguiça ::Gula
:: Todas as histórias aqui contadas são totalmente fictícias. Nenhum homem, mulher (obeso ou não), transexual, homossexual, heterossexual, alternativo, adolescente, senhora de meia idade ou ninfomaníaca foi morto ou ferido durante a produção deste blog. |
Paula e Caetano eram um casal quase perfeito. Ou quase. Apesar de lindos, jovens e bem sucedidos, havia uma serpente em seu paraíso conjugal. Caetano tinha péssima pontaria para acertar o vaso sanitário. Isso deixava Paula furiosa. Era o traseiro dela que ficava todo molhado cada vez que precisava do banheiro.
- Caetano! Se eu molhar minha bunda mais uma vez em seu xixi, está tudo acabado entre nós! - Eu tento! Eu sou alto demais, meu bem! - Não me venha com essa desculpa. Faz xixi sentado. Caetano entrou em pânico. Paula era tudo na vida para ele. E perdê-la por causa tal motivo seria a morte em vida. Mas também mijar sentado não dava. Ele era macho, pô! O que ele faria? A dúvida ficou martelando a cabeça do coitado. Ele resolveu e trancar no banheiro até achar uma solução. E achou. Na manhã seguinte ao ultimato, Paula foi escovar os dentes e aproveitou para checar a tampa da privada. Sequíssima. - Caetano! Eu amo você! O que você fez para não errar mais o vaso? O marido disse que era segredo e jamais contou a amada que passara a urinar na pia. Marcelo foi uma criança gordinha e tímida. Sempre foi motivo de deboche dos coleguinhas até que o tempo passou e ele se tornou um adolescente gordinho, tímido e rebelde. Passou a usar roupas e cortes de cabelo estranhos. Fez a primeira tatuagem aos 14 e agora aos 23 deve estar com pelo menos meia dúzia delas espalhadas pelo corpo. O cabelo é um emaranhado rastafári e cada lóbulo da orelha porta um brinco que mais parece um olho-mágico. Conheceu a namorada na faculdade, Cássia, uma menina muito louca que adora pérolas, bolsas importadas e, suprema coincidência, tatuagens. Tão logo eles se formaram em Publicidade passaram a trabalhar juntos numa grande agência.
- Cássia, pode ir indo. Eu tô fechando esse anúncio com o arte-finalista e a gente se vê na Capricciosa. - OK, baby! A menina já estava no estacionamento quando percebeu que estava sem celular. Sentindo-se nua, voltou apressada para o escritório. Deu de cara com o namorado ajoelhado pagando um senhor boquete para o arte-finalista. - Marcelo, seu gordo filho-da-puta! Você me disse que era alternativo! Eduardo tinha fixação por nucas. No colégio, só sentava atrás de meninas e ficava torcendo por aquela ajeitada no cabelo, que depois era segurado por uma caneta. Cada nuca que via, era uma ereção. Flávia tinha a melhor. Os pêlos eram pequenos, faziam um desenho bonito. E junto com o cabelo, formava uma dupla desejável.
No escritório, tentava se controlar. Tinha começado a sentir vergonha de sua tara. Evitava olhar para as funcionárias. Passava pelas mesas sem olhar para os lados. Naquele dia, tinha acabado de terminar com Viviane. A menina não agüentou. Sentia que sua nuca era mais valorizada do que ela. Eduardo só conseguia transar olhando para a nuca da menina. Ela estava de saco cheio. Nos últimos meses, só usava blusas de gola alta para irritar o namorado. Eduardo foi demitido. Tinha beijado e lambido a nuca de Darilene na cozinha; que contou para o chefe. No dia seguinte, este entregava a carta de demissão para o esquisito. Ficou em depressão o mês seguinte até arranjar o novo emprego num salão de beleza. Lá via nucas todos os dias. Todos do salão amaram o novo contratado. Eduardo era gentil, bonito, adorava o trabalho e cortava mais de sessenta cabelos por dia. Era o único hétero no recinto e levava a maioria das clientes para a cama. E os amigos de trabalho também. Na mesa do bar, tentava explicar para os amigos: "o chopp não pode ter colarinho e tem que ser bem gelado". Luana era muito ciumenta. Não podia ver uma mulher marginalmente gostosa perto de seu namorado Rodrigo que virava uma fera!
- Qual é, vagabunda? O que você quer com um homem de outra? - Luana, por favor, olha o vexame! Não adiantava Rodrigo reclamar, Luana não parava. Descia o barraco com qualquer uma, em qualquer lugar. Em casa, no trabalho, na praia. Mulher bonita por perto era prenúncio de temporal. Os amigos de Rodrigo reclamavam, ele sacudia a cabeça e dizia: - Melhor assim, vai por mim! O que Luana nunca desconfiou é que Rodrigo a traía constantemente com Aparecida, a babá de seus filhos. Enquanto as crianças assistiam ao rei Leão pela enésima vez na sala, Rodrigo agarrava a babá por trás e gritava: - Eta, paraíba gostosa! |